O mercado do Ver-o-Peso (Foto: Rejane Lopes)
Às margens da Baía Guajará, considerado o maior mercado a céu aberto da América Latina, o Ver-o-Peso completa 387 anos de existência.
A venda de frutas no complexo (Foto: Rafaela Collins)
Durante mais de três séculos, milhares de vendedores e consumidores
andam pelo complexo todos os dias. A travessa Boulevard Castilhos França, no bairro da Cidade Velha, em
Belém, abriga o maior comércio de frutas, peixes, açaí, ervas, comidas,
verduras e legumes, artigos religiosos e artesanato regional, que são uns dos
principais atrativos do Ver-o-Peso. Lá, o comércio começa a funcionar desde
antes do nascer do sol, às 2 horas da manhã, com a chegada de barcos carregados
com peixes e açaí.
O caldo do tucupi, tipicamente paraense, é um dos itens mais vendidos no Ver-o-Peso (Foto: Thamyris Assunção)
Cachos de pupunha a venda. (Foto: Rafaela Collins)
Tomates e cenouras: O preço e a qualidade dos produtos são os maiores atrativos no comércio do Ver-o-Peso. (Foto: Thamyris Assunção)
O mercado também abriga muitas histórias. É o caso de Raimundo da Silva,
de 61 anos, que trabalha desde os 12 anos no Ver-o-Peso. Ele começou a
trabalhar com a venda de legumes e verduras, e há 26 anos vende peixe no
mercado.
Seu Raimundo conta que os dias de mais movimento no mercado de peixe são
as sextas-feiras e sábados, e que os peixes mais procurados são a dourada e o
filhote. "Eu cresci aqui e me orgulho muito do meu trabalho. Só saio daqui
quando não puder mais voltar", afirma o vendedor.
O dia-a-dia do mercado de peixe. (Foto: Rafaela Collins)
O vendedor cortando o peixe. (Foto: Thamyris Assunção)
Isso também é o que diz José Serrão, de 62 anos. Ele trabalha no mercado
com a venda de farinha há quase quatro décadas. "Trabalho no Ver-o-Peso
desde os 12 anos. Esse ponto era dos meus pais e hoje é meu", conta o
feirante.
Seu José vendendo a farinha de todo dia. (Foto: Rafaela Collins)
O feirante contabilizando as moedas. (Foto: Rafaela Collins)
Nas épocas de festejos, principalmente próximo ao círio e natal, o
mercado fica ainda mais movimentado. Turistas e os próprios moradores do
município lotam os espaços do complexo.
As cuias com grafismo marajoara fazem parte do artesanato regional e contam um pouco da história da região amazônica. (Foto: Thamyris Assunção)
Os óleos da Amazônia, comercializados no setor de ervas do Ver-o-Peso, despertam a atenção de turistas do Brasil e do mundo. (Foto: Thamyris Assunção)
As famosas garrafadas medicinais atraem pelo exotismo e fazem parte da crença do povo paraense. (Foto: Rafaela Collins)
Todo o misticismo reunido na barraca. (Foto: Rafaela Collins)
Hoje, o Ver-o-Peso é considerado o maior ponto turístico e cultural da
cidade, além de ser reconhecido como patrimônio histórico. Uma das sete
maravilhas brasileiras, o mercado une comércio, turismo, histórias e pessoas de
todos os lugares.
Texto e edição: Rejane Lopes
Fotos: Rafaela Collins e Thamyris Assunção
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