quinta-feira, 10 de abril de 2014

O comércio no maior mercado a céu aberto da América Latina: Ver-o-Peso.


O mercado do Ver-o-Peso (Foto: Rejane Lopes)

Às margens da Baía Guajará, considerado o maior mercado a céu aberto da América Latina, o Ver-o-Peso completa 387 anos de existência.

A venda de frutas no complexo (Foto: Rafaela Collins)


Durante mais de três séculos, milhares de vendedores e consumidores andam pelo complexo todos os dias. A travessa Boulevard Castilhos França, no bairro da Cidade Velha, em Belém, abriga o maior comércio de frutas, peixes, açaí, ervas, comidas, verduras e legumes, artigos religiosos e artesanato regional, que são uns dos principais atrativos do Ver-o-Peso. Lá, o comércio começa a funcionar desde antes do nascer do sol, às 2 horas da manhã, com a chegada de barcos carregados com peixes e açaí.



O caldo do tucupi, tipicamente paraense, é um dos itens mais vendidos no Ver-o-Peso (Foto: Thamyris Assunção)


Cachos de pupunha a venda. (Foto: Rafaela Collins)


Tomates e cenouras: O preço e a qualidade dos produtos são os maiores atrativos no comércio do Ver-o-Peso. (Foto: Thamyris Assunção)


O mercado também abriga muitas histórias. É o caso de Raimundo da Silva, de 61 anos, que trabalha desde os 12 anos no Ver-o-Peso. Ele começou a trabalhar com a venda de legumes e verduras, e há 26 anos vende peixe no mercado.
Seu Raimundo conta que os dias de mais movimento no mercado de peixe são as sextas-feiras e sábados, e que os peixes mais procurados são a dourada e o filhote. "Eu cresci aqui e me orgulho muito do meu trabalho. Só saio daqui quando não puder mais voltar", afirma o vendedor.

O dia-a-dia do mercado de peixe. (Foto: Rafaela Collins)


O vendedor cortando o peixe. (Foto: Thamyris Assunção)

Isso também é o que diz José Serrão, de 62 anos. Ele trabalha no mercado com a venda de farinha há quase quatro décadas. "Trabalho no Ver-o-Peso desde os 12 anos. Esse ponto era dos meus pais e hoje é meu", conta o feirante.

Seu José vendendo a farinha de todo dia. (Foto: Rafaela Collins)


O feirante contabilizando as moedas. (Foto: Rafaela Collins)


Nas épocas de festejos, principalmente próximo ao círio e natal, o mercado fica ainda mais movimentado. Turistas e os próprios moradores do município lotam os espaços do complexo.


As cuias com grafismo marajoara fazem parte do artesanato regional e contam um pouco da história da região amazônica. (Foto: Thamyris Assunção)


Os óleos da Amazônia, comercializados no setor de ervas do Ver-o-Peso, despertam a atenção de turistas do Brasil e do mundo. (Foto: Thamyris Assunção)


As famosas garrafadas medicinais atraem pelo exotismo e fazem parte da crença do povo paraense. (Foto: Rafaela Collins)


Todo o misticismo reunido na barraca. (Foto: Rafaela Collins)



Hoje, o Ver-o-Peso é considerado o maior ponto turístico e cultural da cidade, além de ser reconhecido como patrimônio histórico. Uma das sete maravilhas brasileiras, o mercado une comércio, turismo, histórias e pessoas de todos os lugares.



Texto e edição: Rejane Lopes
Fotos: Rafaela Collins e Thamyris Assunção

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