O
Mercado do Ver-o-Peso, situado à beira do rio Guamá, com uma beleza e
originalidade que só esse Mercado possui, oferece uma variedade de produtos.
Com isso, uma multiplicidade de trabalhos, que poderíamos dividir em setores
como: ervas medicinais, artesanato, pesca, feira, limpeza, segurança,
refeições, entre outros.
(Foto:
Laís Tavares)
Clotilde,
mais conhecida como tia Coló, trabalha há 33 anos no Mercado, com ervas,
banhos, perfumes, óleos medicinais e pomadas caseiras. Tia Coló, risonha e com
uma simpatia inigualável, afirma que seu dia-a-dia é maravilhoso. Conta-nos que
já participou de vários programas: como Vídeo Show, Globo Repórter, entre
outros. Já recebeu em sua banca alguns artistas, como Carlos Massa (Ratinho),
Gugu Liberato e Olivier Anquier com quem já preparou uma maniçoba, dentre
outros artistas. Muito sorridente, tia Coló diz: “só em ter o prazer de
trabalhar no Ver-o-peso, não há coisa melhor. Eu tenho muito orgulho de ser
feirante, de ser uma erveira.” Tia Coló finaliza a entrevista, cantando: “Eu
voltei agora pra ficar, porque aqui, o Ver-o-peso é o meu lugar.”
(Foto:
Laís Tavares)
(Foto: Alyne Lisboa)
Alonso trabalha há 30 anos com
artesanatos no Mercado, disse que veio do interior, e desde a adolescência
trabalha no mercado do ver-o-peso e que é muito “bacana” trabalhar em um local
que é ponto turístico, pois mistura trabalho com lazer, “sou muito feliz com o
que faço e a cada dia é uma nova aprendizagem, tenho uma ótima relação com meus
clientes e já conquistei muitos amigos nesse local”, Conta.
(Foto:
Laís Tavares)
Ricardo,
36, é pescador e trabalha descarregando peixe há 15 anos na ‘pedra’ do mercado
do ver-o-peso, “minha vida é isso, a gente faz isso todo dia. Gosto do meu
trabalho, na medida do possível”, conta. Apesar de o trabalho ser no
ver-o-peso, segundo ele não depende do mercado, pois ele é de vigia e nem
sequer recebe alguma ajuda, “tem gente aqui que recebe ajuda do governo. A
gente não recebe isso, acho que porque a gente é de fora, por isso a gente não
depende daqui”, desabafa.
(Foto:
Daiane Coelho)
Daniel Rodrigues Pereira, 59,
vendedor de legumes há 30 anos, nos contou que trabalha no mercado por que
gosta, pois anteriormente, trabalha empregado, mas decidiu ser autônomo.
Trabalhar no mercado foi sua escolha. Apesar da necessidade que sente em
trabalhar em um local com estrutura insuficiente, se considera feliz, “gosto do
que faço, mesmo que trabalhe no período da noite até o amanhecer, porque tenho
meus clientes fieis.”, finaliza.
(Foto:
Daiane Coelho)
Marivaldo
Caldas Pontes, 54, agente de limpeza do Mercado, há dois anos, disse que a
limpeza no mercado está melhor, pois antigamente era apenas uma equipe de
limpeza, e agora são duas, uma na parte da manhã e uma da noite, “passei no
concurso da prefeitura, e fui lotado pra cá. Eu gosto do que eu faço, ainda que
algumas pessoas me olhem com discriminação, mas eu tenho orgulho do meu
trabalho. Mas o veropa precisa de um
pouco mais segurança, porque aqui é demais”, opina.
(Foto:
Alyne Lisboa)
Cabo
Maués, 46, trabalha na polícia há 26 anos, Conta que o trabalho da Polícia
Militar no Mercado é de 24hs, e são divididas em turnos, “eu pego das 13hs00min
às 19hs00min”. Diz trabalhar de acordo com a ferramenta que lhe é dada, “o
policial no nosso país trabalha com as ferramentas que tem, dentro das
necessidades, e faz de tudo para que o trabalho certo. Apesar das ocorrências
serem constantes, o trabalho é feito de acordo com a lei e com a devida
severidade.”, relata.
(Foto:
Daiane Coelho)
Domingos Dias da Silva, 65,
trabalha no mercado do ver-o-peso há 51 anos. Veio do município de Soure, Ilha
de Marajó com apenas 14 anos, e começou a trabalhar com cera e aço,
posteriormente passou a vender peixe salgado. Percebeu que houve grandes
mudanças no ver-o-peso, e acredita que ainda vai melhorar muito mais, pois
praticamente mora no Mercado, “vim parar aqui, e aqui eu vou ficar, até quando
Deus quiser”, conta.
Texto
e Edição: Alyne Santiago Lisboa, Claudia Daiane Coelho dos Santos e
Laís Cardoso Tavares.
Fotos: Alyne Santiago Lisboa, Claudia Daiane Coelho
dos Santos e Laís Cardoso Tavares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário