quinta-feira, 10 de abril de 2014

O Trabalho no Mercado Ver-o-Peso

O Mercado do Ver-o-Peso, situado à beira do rio Guamá, com uma beleza e originalidade que só esse Mercado possui, oferece uma variedade de produtos. Com isso, uma multiplicidade de trabalhos, que poderíamos dividir em setores como: ervas medicinais, artesanato, pesca, feira, limpeza, segurança, refeições, entre outros.
(Foto: Laís Tavares)

Clotilde, mais conhecida como tia Coló, trabalha há 33 anos no Mercado, com ervas, banhos, perfumes, óleos medicinais e pomadas caseiras. Tia Coló, risonha e com uma simpatia inigualável, afirma que seu dia-a-dia é maravilhoso. Conta-nos que já participou de vários programas: como Vídeo Show, Globo Repórter, entre outros. Já recebeu em sua banca alguns artistas, como Carlos Massa (Ratinho), Gugu Liberato e Olivier Anquier com quem já preparou uma maniçoba, dentre outros artistas. Muito sorridente, tia Coló diz: “só em ter o prazer de trabalhar no Ver-o-peso, não há coisa melhor. Eu tenho muito orgulho de ser feirante, de ser uma erveira.” Tia Coló finaliza a entrevista, cantando: “Eu voltei agora pra ficar, porque aqui, o Ver-o-peso é o meu lugar.”

(Foto: Laís Tavares)

(Foto: Alyne Lisboa)

Alonso trabalha há 30 anos com artesanatos no Mercado, disse que veio do interior, e desde a adolescência trabalha no mercado do ver-o-peso e que é muito “bacana” trabalhar em um local que é ponto turístico, pois mistura trabalho com lazer, “sou muito feliz com o que faço e a cada dia é uma nova aprendizagem, tenho uma ótima relação com meus clientes e já conquistei muitos amigos nesse local”, Conta.
(Foto: Laís Tavares)

Ricardo, 36, é pescador e trabalha descarregando peixe há 15 anos na ‘pedra’ do mercado do ver-o-peso, “minha vida é isso, a gente faz isso todo dia. Gosto do meu trabalho, na medida do possível”, conta. Apesar de o trabalho ser no ver-o-peso, segundo ele não depende do mercado, pois ele é de vigia e nem sequer recebe alguma ajuda, “tem gente aqui que recebe ajuda do governo. A gente não recebe isso, acho que porque a gente é de fora, por isso a gente não depende daqui”, desabafa.
(Foto: Daiane Coelho)

Daniel Rodrigues Pereira, 59, vendedor de legumes há 30 anos, nos contou que trabalha no mercado por que gosta, pois anteriormente, trabalha empregado, mas decidiu ser autônomo. Trabalhar no mercado foi sua escolha. Apesar da necessidade que sente em trabalhar em um local com estrutura insuficiente, se considera feliz, “gosto do que faço, mesmo que trabalhe no período da noite até o amanhecer, porque tenho meus clientes fieis.”, finaliza.
(Foto: Daiane Coelho)

Marivaldo Caldas Pontes, 54, agente de limpeza do Mercado, há dois anos, disse que a limpeza no mercado está melhor, pois antigamente era apenas uma equipe de limpeza, e agora são duas, uma na parte da manhã e uma da noite, “passei no concurso da prefeitura, e fui lotado pra cá. Eu gosto do que eu faço, ainda que algumas pessoas me olhem com discriminação, mas eu tenho orgulho do meu trabalho. Mas o veropa  precisa de um pouco mais segurança, porque aqui é demais”, opina.
(Foto: Alyne Lisboa)

Cabo Maués, 46, trabalha na polícia há 26 anos, Conta que o trabalho da Polícia Militar no Mercado é de 24hs, e são divididas em turnos, “eu pego das 13hs00min às 19hs00min”. Diz trabalhar de acordo com a ferramenta que lhe é dada, “o policial no nosso país trabalha com as ferramentas que tem, dentro das necessidades, e faz de tudo para que o trabalho certo. Apesar das ocorrências serem constantes, o trabalho é feito de acordo com a lei e com a devida severidade.”, relata.
(Foto: Daiane Coelho)

Domingos Dias da Silva, 65, trabalha no mercado do ver-o-peso há 51 anos. Veio do município de Soure, Ilha de Marajó com apenas 14 anos, e começou a trabalhar com cera e aço, posteriormente passou a vender peixe salgado. Percebeu que houve grandes mudanças no ver-o-peso, e acredita que ainda vai melhorar muito mais, pois praticamente mora no Mercado, “vim parar aqui, e aqui eu vou ficar, até quando Deus quiser”, conta.

Texto e Edição: Alyne Santiago Lisboa, Claudia Daiane Coelho dos Santos e Laís Cardoso Tavares.
Fotos: Alyne Santiago Lisboa, Claudia Daiane Coelho dos Santos e Laís Cardoso Tavares.

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